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Análise de Causa Raiz

Antes de iniciarmos os estudos das metodologias de análise de causa raiz vamos esclarecer que existem diversas metodologias empregadas no mercado. Muitas delas guardam uma semelhança entre si e o principal objetivo aqui é diferenciar o que é causa do que não é causa.

De acordo com o tipo de problema que estamos analisando podemos utilizar métodos mais adequados, como por exemplo quando comparamos análise de problema em um software com uma análise de problema em um processo administrativo. Apesar da semelhança na metodologia de análise e nos passos que serão seguidos existem particularidades técnicas que podem indicar o uso de uma determinada ferramenta em comparação com outras.

Neste material utilizaremos uma sequência de passos que agrega o melhor de cada metodologia. Pessoalmente aplico este processo a mais de 20 anos na análise e solução de problemas e nunca me deparei com situações em que ele não fosse capaz de trazer uma reflexão técnica para determinação da causa raiz.

Já apliquei esta sequência de metodologia em processos administrativos, processos produtivos, produtos eletrônicos, softwares, máquinas, autopeças, petróleo e gás dentre diversos outros setores.

Análise de Causa Raiz – Criando o cenário inicial

O processo de análise e determinação da causa raiz atua na conjunção dos dados técnicos com as informações coletadas ao longo do processo de análise que vimos no capítulo anterior. Para que o processo assertivo o grupo multifuncional deve participar em todos os momentos e inclusive na análise da causa raiz, por isso piloto nada de preencher a documentação sozinho no escritório, o melhor modo de atuação é olhando para o problema com a participação de todos os integrantes do grupo.

De início devemos entender que o grupo necessita de liberdade para poder opinar e por isso iniciamos pela técnica de brainstorming. Neste passo vamos combinar o brainstorming com o Ishikawa e 5 porquês. Esta opção abre a visão do time e facilita para que o piloto possa organizar os dados da análise de causa raiz.

PASSO 1 – Brainstorming

Brainstorming é uma técnica utilizada para propor soluções a um problema específico. Consiste em uma reunião também chamada de tempestade de ideias, na qual os participantes devem ter liberdade de expor suas sugestões e debater sobre as contribuições dos colegas.

Brainstorming é uma palavra da língua inglesa que pode ser traduzida como “tempestade de ideias”. Essa é uma técnica que pode ser aplicada de diversas formas.

Esta reunião acontece com o objetivo de dar aos participantes a chance de contribuir com sua opinião, pensamentos e experiências. Por isso o piloto deve assegurar que o ambiente seja aberto.

Para iniciar o brainstorming o problema deve ser apresentado ao time, a jornada de analise não ocorre em um único dia e por isso manter os participantes com os dados frescos na memória auxilia para que as melhores ideias sejam lançadas.

PASSO 2 – Ishikawa

O Diagrama de Ishikawa consiste em um gráfico em formato de “espinha de peixe” que deve fica a mostra do grupo quando o Brainstorming estiver ocorrendo. Em geral o Ishikawa é composto por 6 diferentes categorias. As causas devem ser organizadas dentro destas categorias de modo a facilitar o entendimento do assunto. Não se preocupe neste momento em ser um especialista em Brainstorming, Diagrama de Ishiskawa ou outras metodologias, o importante neste momento é entender o caminho do passo a passo. Abordaremos as diferentes metodologias e suas aplicações nos materiais seguintes a este.

O diagrama de Ishikawa então serve como um mapa estratégico para que possamos avaliar como a análise de causa do grupo esta sendo guiada. Algumas percepções podem logo ser avaliadas pelo piloto do PDCA, são elas:

  • Todas as 6 categorias do Diagrama de Ishikawa foram abordados no Brainstorming?
  • O grupo concentrou seus esforços em apenas uma das categorias e pode ter deixado parte da análise passar em maior atenção?
  • Existem categorias do Diagrama de Ishikawa que não tem relevância para a análise que esta sendo conduzida e podem ser descartadas?

Ao final do processo híbrido de Brainstorming e Diagrama de Ishikawa devemos as possíveis causas mapeadas para que possamos iniciar o processo de refinamento das causas.

PASSO 3 – 5 Porquês

Para o refinamento de causa raiz recomendamos a análise de 5 porquês. Note que entre a finalização do Diagrama de Ishikawa e o inicio do 5 Porquês o grupo deve validar as causas. Este processo é necessário para que as possíveis opções que surgiram no processo sejam confirmadas. O grupo deve então repassar todas as causas informadas no Diagrama de Ishikawa e eliminar aquelas que não tem potencial de participação.

Neste processo o conhecimento técnico do grupo deve ser usado. Se for necessário é possível realizar testes e simulações para detectar a ocorrências das causas. A ideia aqui é manter na análise apenas aquilo que realmente impacta no problema e descartar as demais linhas de análise para que o grupo possa focar no que interessa.

Feito isso podemos então iniciar o processo de 5 Porquês. Esta metodologia serve para após a definição exata da linha de análise da causa raiz questionar de modo sequencial o porquê até que se encontre a causa raiz. Esta técnica é empregada em diversas empresas e teve inicio na Toyota através de processo de busca de melhoria da qualidade.

Este processo avalia as causas de forma direta e cria um funil de descarte para que o grupo de análise de causa raiz possa focar sua visão em um ou mais pontos cruciais para a solução do problema.

Metodologia de Análise de Causa Raiz

Agora que você já entendeu como o processo de Análise de Causa Raiz ocorre no sentido das suas fases e passos vamos explorar todas as metodologias envolvidas e compreender melhor como aplicar elas, quais as suas vantagens quais os pontos de controle e ou atenção. Vejo você no próximo conteúdo, clique no botão abaixo e bons estudos.

Instrutor
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Rafael Antonio Lacerda

Consultor Sênior
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